_bom dia

Amanheces-me o dia, e despertas a cor e o sabor desse gesto, desse calor com que esta manhã me trouxeste até ao ouvido a tua voz doce, tão meiga de mel.
É bom sentir o primeiro raio de Sol entrar pela janela e sentir-te tão perto – tão junto a mim.
É bom – tão bom que é – saber-te, sentir-te chegar perto do meu pescoço e roçar murmúrios de gente que sente feliz.
É bom – tão bom que é – adivinhar-te por entre o escuro daquelas quatro paredes, sentir-te o peito inspirar e expirar os sonhos de menina que adormece de sorriso posto, de anjo que depõe as armas do desejo e se deixa ficar...
É bom, tão bom que é, sentir-me desaguar tão profundos sonhos e desejos nesse teu regaço que conheço – hoje – de cor.
É bom – tão bom que é – adivinhar de olhos fechados cada centímetro do teu corpo, conhecer-lhe as curvas e contra-curvas do meu e teu prazer; o perfume... a luz que a tua aura me trás.
Gosto de passar o dia com esse teu perfume por entre cada poro do meu corpo, inspirar esse teu/meu “intens(o)” prazer.

Gosto de te sentir chegar mais perto, mas deixa-me ficar aqui, sentado/deitado/sumido a observar os teus passos de bailarina que só a ti eu gosto de ver.

Gosto de ficar aqui, descalço, fechar levemente os olhos, inspirar com prazer e imaginar, sentir o teu toque, o teu abraço, a textura da tua pele.
Prende-me em ti, eu deixo...
Deixo que me leve à bolina desse teu ser. Deixo que todos os nossos defeitos/feitios/virtudes/manias/vícios, equilíbrios.. desequilíbrios, metades... se encaixem... se completem... se preencham...

Não te vendo falsas ilusões, não seremos perfeitos nem o procurarei tão pouco ser, mas deixa-te ficar...

Gosto de acreditar que não terá sido por um acaso...

“Quando veio, mostrou-me as mãos vazias,
as mãos como os meus dias, tão leves e banais.
E pediu-me que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo: “Não partas nunca mais!”
E Dançou, rodou no chão molhado,
Num beijo apertado de barco contra o cais...
E uma asa voa, a cada beijo teu
Esta noite sou dono do céu
E eu não sei quem te perdeu”

Ouço-te chegar...

... chega-te mais perto, deixa-me sentir o perfume... “de tantas noites mais”

com o Natal a chegar

Existe, dentro de nós, um medo. Um medo absurdo por falhar, por perder, por acabar por não ser...
Se hoje vos dissessem que teriam 3 semanas de vida, muito provavelmente vos não faltariam coisas para fazer, desejos e sonhos que, pela pressa de não chegarem a ser, vão fazer tudo por tudo par os cumprir.
Imaginem que dão algumas semanas de vida ao vosso maior amigo, à pessoa mais importante nas vossas vidas. O que gostariam de fazer? O que seria, de facto, a coisa mais importante para fazer? Para dizer?
Muito provavelmente gastariam as primeiras semanas só a tentar escolher qual a coisa mais importante para fazer-dizer-acontecer...

Gostava de não perder tanto tempo a pensar... gostava que não perdessem tanto tempo a pensar...

Neste Natal, gostava de vos ver perder menos tempo com pormenores... gostava de me ver perder menos tempo com coisinhas pequenas, detalhes, pormenores...

E sobre as merdas que ficam por dizer – que tanto me irritam – aproveitem estes dias...

é como o anúncio da TMN... "este Natal... diga!"

Neste Natal, quero dizer-te ao ouvido, "Gosto muito de ti!"

Nove Cores

Abrindo os olhos descubro
Fechando posso sonhar
Vejo um por do sol rubro
E sonho um dia voltar

Faço um sorriso
Uma lágrima cai
A alma fica mas o corpo vai

E p’ra sempre lembrarei
O céu e o mar que vislumbrei
Nove sonhos a brilhar
São as ilhas do meu mar.

E se um dia cá voltar
Voltarei a sonhar
Se o arco-iris tem sete cores
Têm nove os Açores

Em tons de verde e azul
Pinto a minha tela
Viajo de norte a sul
Num brilho de aguarela

Entro no quadro,
Navego o papel,
E a nau é o meu pincel.

Letra e Música:
Paulo Firmino


Epah.... porque me apeteceu. porque tropecei no cd gravado nesse belo estúdio de gravação com tanta história para contar - Terra Produções - e voei... xi.. que voei tanto... e para tão longe...

Entrei no quadro, peguei no pincel e, de olhos fechados, voei sobre essas nove ilhas de cores, sabores e encerrados mistérios que só se abrem para quem sabe.. e pode.

e Sonho um dia voltar...

"(Everything I Do) I Do It For You"

"Look into my eyes - you will see
What you mean to me
Search your heart - search your soul
And when you find me there you'll search no more

Don't tell me it's not worth tryin' for
You can't tell me it's not worth dyin' for
You know it's true
Everything I do - I do it for you

Look into my heart - you will find
There's nothin' there to hide
Take me as I am - take my life
I would give it all - I would sacrifice

Don't tell me it's not worth fightin' for
I can't help it - there's nothin' I want more
Ya know it's true
Everything I do - I do it for you

There's no love - like your love
And no other - could give more love
There's nowhere - unless you're there
All the time - all the way

Oh - you can't tell me it's not worth tryin' for
I can't help it - there's nothin' I want more
I would fight for you - I'd lie for you
Walk the wire for you - ya I'd die for you

Ya know it's true
Everything I do - I do it for you"

Bryan Adams
in "Waking Up The Neighbours"

Existem dias, momentos, épocas que nos ficaram guardadas na memória - na tal espuma dos dias: o que fica à tona, o saldo, o nosso próprio rasto.
Esta música, assim como o filme - Robin dos Bosques - trazem-me sempre grandes memórias...


sim... apesar de tudo... não retirava um só segundo, e faria tudo de igual forma.

Desconto de Tempo

Joguei para cima de uma porrada de anos esse belo desporto que é o basquete e, entre as muitas vantagens que tem sobre outros desportos, tem uma - também como outros tantos - que é o facto de, a qualquer altura, o treinador ou jogador de uma equipe poder pedir um desocnto de tempo.
O desocnto de tempo acaba por ser um ferramenta ao dispor do treinador para acertar marcações, acertar a jogada de ataque, pormenores que precisam ser melhorados... quebrar o ritmo ao adversário, introduzir motivação extra - com a tal palavra - à equipa, dar um raspanete ao jogador que perdeu a bola, fez falta despropositada.. etc... tantas e tantas situações...

ora.. de tantas coisas que eu acabei por aprender no basquete e levei para a vida, o desconto de tempo é uma delas.
Apsear de , na prática não podermos fazer o gesto e os relogios pararem, podemos sempre retirar, do nosso tempo - o de todos os dias - uns minutos, uns momentos para isso mesmo... redefinir a táctica, descansar, um gole de água, ouvir a palavra do treinador, esticar as pernas...


não deixem que o tempo vos consuma...

Sempre... para Sempre!

Oito de Dezembro... por esta altura, por este dia, hoje, farias um quarto de século de vida. Não fosse esse pequeno pormenor, essa pequeno deslize, esse ponto de viragem nas nossas vidas, estarias por cá.
Gosto de relembrar as coisas proibidas que ficaram, naquela serra, naqueles verões, à espera que outros cheguem e aprendam, de novo – uma vez mais – tudo o que aprendemos também.

Relembro os primeiros acordes de guitarra que toquei, explicados, dedo a dedo, por essas músicas que por aquelas quentes noites de Verão iam sendo criadas à vontade de desejos e sonhos que ficaram no prazer dos dias, na vontade de ficar.

Na passagem dos dias nunca mais vou esquecer nem o dia nem a forma como partiste. Na minha memoria, para sempre vão ficar aqueles últimos dias, o último momento naquilo que julgaríamos ser, um dia, uma piscina.

A piscina – hoje – já existe, mas noutro lugar. O outro sonho, não existe ainda... mas falta pouco – gostava que um dia a pudesses ver...

Hoje, como tantos outros dias, gosto de te lembrar.

“Há pessoas que passam pelas nossas vidas e há outras que ficam...!”

8.dez.05

Red Devils

Feriado feriado... era um jogo como o desta noite (Slb- Man utd), decisivo, totalmente mortífero - quem perder morre na Europa e fica pelo caminho - somar-se ao dia que é o de amanhã - feriado.

Assim, a lampiagem toda (6 milhoes) podia preparar-se condignamente para este jogo - levantavam-se de manhã, record de baixo do braço, pequeno almoço na esplanada, almoço com hidratos de carbono e fibra (cerveja, claro está), volta ao shopping após o almoço com passagem no supermercado a trazer uma grade de minis, tremoços, pevides... e tudo o mais. Fazer meia dúzia de telefonemas e convocar os amigos lampiões mais próximos, companheiros de grandes noites europeias (ainda eram todos solteiros e agora muitos já são avós) e esperar, roer as unhas todas (excepto o mindinho) até ao apino final.. do grego (sim, aviso desde já uqe as equipas portuguesas nao se dão bem com esta raça.. a grega).

e depois, no dia a seguinte, não se falaria de outra coisa la no escritório, na radio a caminho do emprego, no café do pequeno almoço, ao almoço com os colegas...

mas assim?

assim servirá o feriado para ficar até ao meiodia de cama - em plena depressão. Terão o dia todo para ler, ponta a ponta o jornal ou todos os jornais que conseguirem encontrar, almoço de família onde o assunto futebol terá destaque porque, mesmo que seja só um, todas as familias têm um genro, um cunhado, um sobrinho lagardo ou tripeiro e que fará o favor de mencionar, lance a lance, os nós do Ronaldo, o terceiro golo do manchester que, mesmo em fora de jogo, conta na mesma... que o sistema na europa não conta... etc.. pérolas que darão certamente uma muito boa fonte de azia para o resto do feriado...

meus amigos... feriado após um jogo destes?? não dá! a UEFA anda a dormir...

ou então, até anda preocupada com a produtividade nacional.. isto é, sabendo da importância do SLB na produção nacional, nada melhor do que dar um dia de folga a todo o país´para recuperar fôlego...

assim sendo, porque faltam ainda 20 minutos para o apito inicial (do Grego, volto a dizer que isto nao vai correr bem) cá vou eu...

boa sorte, vou ficar a torcer por uma equipe que habitualmente veste de camisola vermelha e calção branco e que tem um extremo direito criado no Sporting............. e esta ein?

Vem...

Deixas o perfume na espuma dos meus dias, na clara e distinta forma por onde se sente o verdadeiro querer de uma paixão.
Deixas escapar, por entre sorrisos, olhares e toques a alegria imensa que contagia quem, pela vida, vais amando.


Vem, chega-te um pouco mais perto. Deixa que te sinta o sabor do perfume que trazes no olhar, a luz que espalhas magia pelos cantos e recantos a cada passo pela cidade.

E Tu?

Segundo a Escala de Mohs, o diamante (10) é cerca de 1500 vezes mais duro que o talco (1). Com esta escala, Friedrich Mohs, criou um padrão para quantificar a dureza dos minerais.

e tu?


na escala de Mohs, qual seria a tua dureza? Deixas-te "riscar" por certos e determinados materiais, deixas-te levar pelo peso, pela Gravidade Específica de cada um deles...

Não me lembro já de quem mo disse, mas recordo uma frase em que o sentido, no fundo, seria algo do género: "Deus apenas te coloca à prova testes que sabe seres capaz e à altura de ter"

com isto eu me pergunto: Teremos nós uma escala, semelhante à de Mohs, em que, em vez de Minerais, somos nós, humanos, capazes, ou não, de suportar, travar pequenos ou grandes desafios que, mesmo tendo de nos vergar - cair até - voltamos à luta com a mesma força, ou maior ainda - e com um gosto pela vida cada dia maior.

engraçado...

...De Volta...

Estou de volta...

... ao projecto...
... aos 3d's...
... ao calor do atelier...

.. ao cheiro da tinta...
... ao calor da música que me prende os olhos nas linhas, curvas e pontos do AutoCAD

... À luz que espreita pela janela e faz adivinhar o dia a passar...

... ao stress dos prazos de entrega...
...aos estudos prévios...
... aos pontos críticos...


... às curvas de nível... aos desníveis de ansiedade... de stress

… ao prazer do caminho…

Estou de volta ao principio… À continuação… ao que mais gosto de fazer!

Por agora é Cascais… no Parque Natural Sintra – Cascais…

Estou de volta…

… de volta ao cheiro da terra,
… à lama nas botas,

… à cerveja que rejeito na hora de almoço, sentado no círculo de tijolos feitos bancos…



Como eu gosto disto…

É que gosto mesmo porra! :)

24.11.84

Danças com lobos, com tigres, dragões, anjos pequenos de grandes asas, seres de uma alma tão gigante quanto a tua.
Um girassol que busca no calor do dia o raio que te injecte a magia da vida que corres sempre com pressa de chegar.


Quilómetros de chão que te levam do céu ao deserto, a um cheio mar de tanto calor.

Existem pequenos prazeres que não trocamos,
Existem, no espaço, vazios que se deixam preencher por momentos... por gentes... por anjos...

Como uma vez disse, nem tudo o que se não diz, se não sente, simplesmente se mostra: se dá de forma diferente.

Sabes tu, saberás sempre, que existe... o que existe em nós, em mim...


Conquistas o mundo com as mesmas mãos com que o pintas da cor da paleta de um largo sorriso.

De dentro de ti nasce um amor que se entrega tão puro quanto só tu sabes e gostas de ser.

A vida traz-nos, por vezes, pequenos milagres – a vida é feita disso mesmo: milagres.

22.11.81

Por ontem, por hoje, por sempre...

Pelo que foi dito, escrito... suspirado... sentido.

Pelo que se transforma, pelo que fica... pela importância do que és.

Por um dos mais lindos sorrisos que jamais conheci, pela magia que trazes às vidas em que tocas e trazes... e levas no coração

Por ter esse privilégio.

Por tudo o que não é preciso ser dito.

Aqui fica um abraço...

Gerações...

Christopher Reeves como Dr. Swann, em Smallville (2005)


Cresci com idolos.. cresci com Heróis... Super-Heróis, capazes de voar, correr com super-velocidade, visão Raio-x, que deitavam fogo pelos olhos e vento ou gelo pelos pulmões... sempre, mas sempre, em busca de um Mundo melhor, em busca da uma salvação prometida e profeccionada.

Mas, por de trás de personagens do fantastico, ficaram os homens, de carne e osso, que vestiram essas peles... Christopher Reeves e Tom Welling são dois actores, de duas gerações, mas com um elo comum... Esse extra-terrestre que chegou à Terra, em fuga de Kripton, e que acaba por fazer da luta entre o bem e o mal a sua missão.

Christopher Reeves regressou a Kripton, deixando o planeta Terra, não faz um ano, mas, desde que fez o papel de Clark Kent nunca mais largou essa personagem. A sua vida e obra são muito mais do que a de um Super-Herói... foi a vida de alguém que fez, de todas as suas forças, uma só, na procura da cura para a paralesia através da clonagem de células da culuna vertebral.

Ver, "hoje" Christopher Reeves e Tom Welling, hoje como clark kent, na serie Smallville é como que um regressar a casa, regressar às tardes em que a minha avó me preparava o lanche e eu sonhava com super-heróis...
a Cada episódio desta série me surpreendo...

Annette O'Toole como Martha Kent em Smallville (2005)


Anette O'thole que, em Superman III fazia de Lana Ling, é, em Smallville, Martha Kent, mãe de Clark e a assistente do Dr. Swann (Christopher Reeves) é Margot Kidder, Lois Lane na sequela Superman de 1978 a 1987.

Margot Kidder como Assistente do Dr. Swann, em Samallville (2005)


É engraçado este encontro de gerações e perceber, nas entre-linhas, o que fica por dizer...

recomendo... mas recomendo mesmo...

...Só para que conste...

..Só para que conste...

...não é pelo que vês todos os dias ao espelho...


é pelo transborda de ti para fora...
é pelo que sobra e fazes partilhar...
é pela gargalhada que soltas...
pelo calor e pela força do abraço que me apertas...

pelas horas que "perdemos" na noite sem olharmos aos ponteiros...

não...

não é pelo que fica - de ti - nas fotografias, mas pela luz que brilha e "queima" o meu negativo e faz revelar um sentir mais feliz!

São Jorge... a lenda

"É só uma velha caixa.

Não. É muito mais que isso.
Esta caixa foi forjada a partir da armadura de São Jorge.
Segundo a lenda, São Jorge lutava contra o mais temeroso dos dragões. A batalha entre eles durou dias, e São Jorge estava a perder as forças... e a fé.

Então, ele agarrou num pedaço da armadura partida e fez uma caixa. Dentro dela colocou todas as suas dúvidas, medos e receios, e voltou a enfrentar o dragão. Mas quando o dragão viu São Jorge chegar e vir lutar com ele de novo, este hesitou e recuou. E foi, nesse exacto momento, que São Jorge cravou a sua espada no coração do dragão, caindo morto no chão.

Assim, quando as pessoas forem cruéis contigo, agarras todos os teus medos e as tuas dúvidas e coloca-los aqui, dentro da caixa. E depois fechas. E então vais descobrir que és muito mais forte do que imaginas."


Será sempre enfrentando os teus medos e receios que poderás vencê-los e seguir em frente.
Será sempre, agarrando o boi pelos cornos, que poderás encarar a vida sem que os fantasmas te atormentem.
Será olhando de frente, olhos nos olhos, o futuro, que poderás respirar, sem que nada te possa deter, a vida.

Quando te questionares, pega nessa caixa e lembra-te de São Jorge… aquele que venceu o dragão…
Existirão sempre inúmeros dragões, mas só a tua coragem os poderá vencer.

I Still Haven't Found What I'm Looking For


I have climbed the highest mountain
I have run through the fields
Only to be with you
Only to be with you
I have run, I have crawled
I have scaled these city walls
These city walls
Only to be with you

But I still haven't found what I'm looking for
But I still haven't found what I'm looking for

I have kissed honey lips
Felt the healing in her fingertips
It burned like fire
This burning desire
I have spoke with the tongue of angels
I have held the hand of a devil
It was warm in the night
I was cold as a stone

But I still haven't found what I'm looking for
But I still haven't found what I'm looking for

I believe in the kingdom come
Then all the colors will bleed into one
Bleed into one
Well, yes, I'm still running

You broke the bonds and you
Loosed the chains
Carried the cross
And my shame
All my shame
You know I believe it

But I still haven't found what I'm looking for
But I still haven't found what I'm looking for
But I still haven't found what I'm looking for
But I still haven't found what I'm looking for

in The Joshua Tree - 1987

Existem, na noite, espaços, vazios de pecados, pedaços de mim e de ti - de todos nós - por onde se podem escapar desejos e onde arder a paixão pode...
existe, na crista da onda da maré mais brava, a pureza do branco que, entre o infinito do azul do céu e o brilho do azul do mar, leva até aos teus pés a espuma de um prazer que bebes só de Ser...

Existem momentos, como esse, em que dois "monstros" partilham um espaço - O PALCO - e a magia se deixa levar e chega, até nós, pelas vozes que, de olhos fechados, sabemos de cor.

Existe, em mim e em ti, a doce memória daquilo que, apesar de ter sido já, fica guardado nesse canto, nessa fuga, nessa horas que soubemos viver... apesar de tudo.

Existe em nós o espaço...


Sweet the sin, bitter the taste in my mouth
I see seven towers but I only see one way out
You got to cry with out weeping, talk without speaking
Scream without raising your voice
You know I took the poison from the poison stream
Then I floated out of here


Existe em nós a fuga, a busca, o caminho que, sabendo ou não sabendo o fim, será sempre preciso arranjar coragem para levantar de novo e fazer...
Tantas e quantas noites em que não quiseste voltar, em que pedias para ficar - até sempre - ali...
não ter que encarar o que ficava para trás, o que era, foi, é e será a vida... a nossa, a tua…
porque, de dentro de vós, sempre souberam porque fugiam...
porque, dentro daquilo que são, é, quando juntos são, que as coisas criavam, por si mesmas, sentido.

Não deixes que a vida de deixe cair, não deixes que a vida te leve, te magoe, te toque em feridas que dificilmente saram…
Procura, dentro de ti, a força que te faz correr…

Vemo-nos por aí…



para JM
(só porque sim)

Fechei a taska…

Fechei a taska… por hoje é tudo, amanhã há mais.
Fecho, por hoje, a janela de trabalho e vou procurar o calor que me espera do outro lado da porta do meu quarto.
Passo pelo corredor vazio onde nada faz adivinhar vida por debaixo deste tecto que me acolhe.
Chego à porta do quarto e abro-a, lentamente, sem fazer barulho – não quero te quero acordar.
Vou, pé ante pé, até à beira da cama que, para ti, é tão imensa quanto a vontade que tenho de te abraçar. Levanto, bem devagar, os lençóis que me separam do calor do teu corpo. Enfio as pernas… vou-me afundando… já sinto o teu calor… o teu cheiro.
Agora, que já estou deitado, dou um quarto de volta e encontro o teu dormir…

O teu sorriso de criança que dorme em profundo descanso, o canto dos teus lábios que eu quero tocar… mas não o vou fazer.
O ombro semi-nu que tapo com carinho… passo a mão pelo teu rosto e, de dentro de mim, do que mais profundo encontro, sussurro um “boa noite…” para que não ou ouças à superfície dos meus lábios.

E, assim, de olhos postos em ti, de braço sobre o teu corpo que toco, viajo pelos momentos que já vivemos, pelo que já somos há tanto tempo e a vontade, qual adolescente que se apaixona pela primeira vez, de passear de mãos dadas e sorrisos idiotas de quem esconde um primeiro amor…

Partilhar a vida… fazê-la ter sentido…

… tem não tem?

E amanhã é sábado… vamos poder acordar apenas com o Sol, quero esse beijo de “bom dia”… vou contar os minutos que faltam…


Não te quero acordar… mas queria tanto um beijo…





Senhor Sol!!!

……. Acorde… que tenho um beijo que quero roubar…

enquanto me embalas...

vou-me deixando embalar por sonoros e perfeitos acordes...
por ondas de pautas, que dentro de mim, escrevo...
vou deixando que os dedos façam tomar forma um dos grandes passos dos últimos trés anos...
vou deixando que, de dentro de mim, daquilo que mais sei valer a pena, perder, ou ganhar horas de sono em prol de um qualquer ideal que samais estará esquecido...
porque todos seremos poucos mas, cada um de nós, pode sempre fazer muito...

porque sei que, enquanto houverem verdes criaturas - ervilhas - tribos de exploradores, caminhos por precorrer, sei que estarei por cá.

porque, enquanto me embalas, passos foram - têm sido - dados à medida a que os nossos sonhos se concretizam...

porque, de Lisboa (1º) às Doze Ribeiras (221), somos todos uma - e uma só - vontade.

porque, no fim desta novela não saberei encontrar motivo para ser mais "palhaço" - com aquele carinho que poucos de nós conhecemos ;)
Quero continuar, a vosso lado, a encontrar novos motivos e razões para ter acções em atraso, noites sem dormir, stresses e murros dessa tão imensa mesa...

porque o sentido de chegada a bom porto vale a pena, fiquemos, um pouco mais e gozemos a viagem...

gozemos e colhemos o que plantámos...

Não quero deixar este fruto em mãos que não sei confiar; não quero deixar este Ser numa qualquer outra ideia diferente da minha, da nossa...

troquemos - apenas - de lugares... mas não de caras nem de nomes...

faltam 5 meses... vão passar a correr...

seja qual for o fim, gostei - gosto - de o fazer convosco!

Eu explico porquê…


Existem, na vida, alturas e momentos em que a fé - a verdadeira crença em alguma coisa – pode marcar a diferença…
Há dias que distinguem para sempre as nossas vidas. Seja por decisões que tomemos, seja por acontecimentos marcantes, seja por pequenos, ligeiros, subtis pormenores… imperceptíveis… dedadas, impressões digitais, marcas que, por estarmos à espera delas ou, simplesmente, por delas precisarmos, não nos passam ao lado…
Quis que este fosse o dia… alguém o quis… fosse como fosse, fosse de que forma fosse, uma capa não fará nunca a distinção… não será um fato… mas um símbolo pode trazer alguma coisa.

Um símbolo, uma marca que identifica - uma distinção – pode resumir um sem número de princípios, de crenças, de credos, de valores… pode apenas significar esperança…
As cores, os sons, os sentidos, a sede que não escolhe vontade, o lutar por alguma – ou outra – coisa…
Não é o símbolo, é o que está por trás… é o que ele te traduz, é o que ele te faz sentir!
Não acredites em tudo o que vês ou ouves, segue o teu coração, ouve o que ele te diz! Pode até doer, mas nada será tão certo quanto isso…
A dura e cruel realidade da verdade, do sabermos que, afinal, era tudo – ou quase tudo – mentira. E voltar acreditar em quê? Porque? Para quê?

Percebes agora? Percebes o porquê?
Não vejas só o símbolo, procura o que vai para além dele…
Não te fiques pelo que te é mais fácil acreditar. Não deixes de procurar o que de mais profundo és!
Profundo… respira fundo e encontra uma resposta que – por breve que te seja – te dê ou levante questões para continuar a procura.
Não te deixes cegar meu amigo, não percas a crença em ti mesmo. Não deixes que a verdade te abandone…
Hás-de cair e voltar a cair… hás-de cair muitas mais vezes, mas hás-de voltar a subir, a crescer, sentir o verdadeiro e genuíno prazer da corrida. O gosto pela luta. A motivação de lá chegar…

Não te deixes esmorecer pela demora, se paciente…

Ouve-me! Não tenhas medo de saber a resposta, só ela te dará sossego, só ela dará fim às tuas noites sem dormir… às dores que massacram o teu corpo.

Ouve-me!

Procurar ajuda não é sinal de fraqueza, é sinal de inteligência!

Obrigado por confiares…
Por me deixares estar… por me deixares ser…

Rosa Parks (1913-2005)



Só ela saberia porque razão não quis, naquela tarde, ceder uma vez mais...
só ela saberia que, de si, nasceria uma nova Era.
Não por ser apenas ela a acreditar que valeria a pena...

Hoje, como ontem - e sempre - valerá sempre a pena lutar. Porque ainda vale a pena acreditar num Mundo mais justo - ainda que longe de perfeito - mas, subretudo, um lugar onde eu possa viver contigo e tu com o Outro.

Só ela saberia...
com ela morre um corpo mas nunca o Espírito...

...porque há vidas que nunca se apagam!

Aula Teórica de Engenharia - Mecânica de Materiais

Elasticidade: Propriedade de um corpo – ou matéria – que sofre uma deformação causada pela aplicação de uma força num determinado ponto.

O Coeficiente de Elasticidade é, no fundo, a a relação da capacidade de o mesmo corpo voltar à sua forma inicial após a cessação dessa força.

E nisto, teorizo eu:
Se todo o corpo é matéria, se todos nós somos, ao mesmo tempo, corpos e matéria, também temos elasticidade: esta estranha capacidade de, após aplicações várias de determinadas forças em variadíssimos pontos, sermos capazes de voltar a um estado, a uma forma, perto, ou até mesmo, da inicial…
Será isto um ciclo? Ou será elasticidade?


ou será uma outra coisa qualquer que agora me escapa?



Ouço-te chegar...

Trago, junto ao peito, guardada uma flor, uma pequena flor, que um dia descobri num qualquer jardim.
Trago, junto a mim, a doce e eterna recordação daquilo que eu melhor soube ser e fazer.
Levo para sempre presa ao peito a memória do toque, da suavidade quase que impossível de um sentimento tão utopicamente puro que morrerá jamais.
Conheço, essa pequenina flor que com tanto carinho saberei tratar junto de mim. Adivinho-lhe aquele sorriso que tão preciosas vezes deixa escapar por entre expressões de tão perfeito e sincero amor.
Gosto de lhe sentir as gargalhadas que solta: a criança que de si deixa libertar.
Gosto de lhe arrancar o suspiro que só tem quem assim é capaz de ser. Quem, assim, se deixar viver com tão grande extensão, sem que o mundo a assuste, a atemorize ou lhe faça frente.
Gosto de saber que lhe sou alguém, que lhe estou perto, que me deixa estar perto.
Gosto de lhe segredar ao ouvido, de vez em quando, que, não sendo tudo, me é tão especial… tão única…
Sei que me ouve, me escuta com atenção os passos, assim como eu a ela. Sei que, todas as noites ao deitar, o último suspiro é meu…- nosso – sempre foi… sempre assim será.
Sei que me leva no peito, bem apertado para lhe não fugir – não precisas ter medo, a minha voz contar-te-á sempre um história para, assim, adormeceres em paz.
Há dias em que não posso estar tão perto quanto precisarias, mas sabes que estou e onde estou…
Porque sei que há dias em que apenas e só um abraço bastaria para fazer passar todo cansaço. Em que um só abraço sem que nada fosse dito, bastaria para fazer descarregar todos os males dos nossos pequenos mundos…

Percorremos já de mãos dadas as ruas de capitais de luzes; percorremos, por entre dedos, leitos de noites onde a paixão não soube ter fim. Viajámos, sob mantos de estrelas os sonhos que, enfim, sabemos ser…

"há um lugar onde todos os sonhos se tornam realidade...."





uns mais que outros....

mais fim de semana


Gosto de caminhar contigo até ao fim, até à linha final, tratar-te qual princesa de contos de fadas, mágica como só tu sabes ser. Tens o poder de fazer sorrir, sofrer e chorar... desmontas, desmoronas montanhas e barreiras por entre povos e culturas seculares. Gostas que chamem por ti, que vivam por e para ti, que te tratem bem, te colem na relva, no pelado, na calçada e remetam com jeito ao fundo da rede.

Fim de semana empolgante o que se adivinha…
até já

A Pedra de Rosetta



"A Pedra de Roseta é um bloco de granito negro (muitas vezes identificado incorrectamente como "basalto") que proporcionou aos investigadores um mesmo texto traduzido na escrita demótica egípcia, grego e em hieróglifos egípcios. Como o grego era uma língua bem conhecida, a pedra serviu de chave para a decifração dos hieróglifos por Jean-François Champollion, em 1822 e por Thomas Young em 1823. Estas descobertas facilitaram a tradução de outros textos hieroglíficos."

em Wikipedia

Por vezes a vida troca-se-nos as voltas e tanto jeito que nos daria podermos ter um decifrador à mão, um dicionário, um mapa, um guia michelin - uma Guia(?!) -, qualquer coisa que podesse explicar, ajudar a compreender, os cursos e decursos que a vida toma.


Perceber quando é que um sinal, que à partida diz para parar, nos manda seguir em frente; Perceber ou ver, quando a visão nos anda turva de raivas, medos ou excesso de adrenalina, o verdadeiro sentido do que nos rodeia.
Posso até dizer que é a imprevisibilidade da vida é o sal, a pimenta que lhe dá gosto, a sua verdadeira essência…


Mas se encontraram Rosetta…

You're beautiful

My life is brilliant
My love is pure
I saw an angel.
Of that I'm sure.
She smiled at me on the subway.
She was with another man.
But I won't lose no sleep on that,'Cause I've got a plan.

You're beautiful.
You're beautiful.
You're beautiful, it's true.

I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,

'Cause I'll never be with you.

Yeah, she caught my eye,
As we walked on by.
She could see from my face that I was, Flying high,
And I don't think that I'll see her again,
But we shared a moment that will last till the end.
You're beautiful.
You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,'Cause I'll never be with you.
You're beautiful.
You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
There must be an angel with a smile on her face,
When she thought up that
I should be with you. But it's time to face the truth,
I will never be with you.


James Blunt - You're Beatiful

há momentos, lugares, instantes que, para sempre, ficarão presos e interligados. há lugares e momentos, instantes eternos em que a razão e a racionalidade nos abandona e nos deixamos levar por essa vertigem, por esse não saber onde vai dar - onde vamos dar. Não soubemos nesse final de tarde onde iamos dar. Não sabíamos, nesse final de uma tão quente tarde que haveríamos de ficar com esse tão preso nó na garganta. não sei nem quero saber onde, afinal de contas, desagua todo este jorrar de cores, luzes e sabores.
deixa-te ficar um pouco mais, deixa que te trate da ferida. deixa que te faça um pouco mais feliz. juro deixar de chorar a caminho da escola, nas escadas, à espera do encontro que não foi. juro deixar-te viver... sentirás a falta. saberás a falta que te faço.
saberás tu a falta que me fazes?

O Sonho de umas vidas...


Quem diz que o sonho, de facto, não comanda a vida? Quem diz que não vale a pena continuar a sonhar...
A vida é mesmo feita destas coisas... têm agora uma oportunidade singular.
Vai ser um verão fantástico. Portugal, e Lisboa em particular, vai, durant eo mês de Julho de 2006, ver as suas ruas cheias de festas feitas de vermelho, verde, amarelo, azul e branco...
Num dia em que a lingua portuguesa marcou presença no Mundial com mais de 300 milhões...

Vou gostar de vos ver no palco de todos os sonhos. A todos os angolanos - principalmente aos meus amigos - os meus parabéns :D

é bom...

é bom... foi bom voltar a ouvir a tua voz,
é bom, será sempre bom,
voltar a sentir - perceber que te sinto - saber que nos vivemos
para sempre um no outro.

é bom - tão bom - saber que os anos passam por nós, crescemos, amamos outras pessoas, crescemos com elas, mas os nossos lugares existem em nós - dentro de nós - para sempre bem guardados.
sabermos olhar nos olhos sem ter de dizer palavra, e adivinhar o tempo, o caminho que demos nas respectivas ausências.
Gosto de saber que o meu espaço, o meu tempo, em ti é precioso; que carregas uma flor que, nao sendo minha, cuidarei como se assim fosse...

porque há promessas que não se fazem em vão, um dia - naquele dia - poderemos ter acabado uma forma de serm um ao outro, mas ficou - nasceu - uma outra, esta...

ate ja

na semana em que o azul cueca nos inundou as ruas e tentou revolucionar o conceito de comunicar, esse sentido de "azul cueca" parece que inundou os estádios e trouxe a mediocridade às pernas daqueles que hoje são capazes do melhor, mas amanhã .. puff...

resta-me, esta noite de final de semana, olhar para trás e perceber o que levo de mais uns dias no calendário...

pela primeira vez deito-me esta noite, contigo no pensamento. Pela primeira vez, esta noite, ao cerrar os olhos, partirei em sonhos por paisagens, destinos, sensações, lugares que quero partilhar contigo.
esta noite chego com a magia do teu sentir no meu peito, junto a mim, dentro de mim.
levo nas minhas mãos o prazer de te tocar, do sorriso, da tua expressão de felicidade tranquila.
gosto das certezas que me trazes e me fazes acreditar. gosto da força da expressão que usas de razão.
esta noite não precisarei esperar por ti... porque estás aqui... porque estás cada vez mais dentro de mim...

amanhã partiremos finalmente para um lugar que passará a ser o nosso, onde não sei se os sonhos nascem ou morrem, mas onde sei que tudo é possível.
mostraste-me que é possível... só por isso... valeu a pena esperar.

porque trago em mim tanto de ti, sei que esta noite não serei só um.
porque sei que, agora, espreitas por entre as cortinas do teu quarto o imenso céu azul escuro e procuras a estrela que ontem assistiu áquele mágico momento onde a fusão da matéria fez libertar essa tão grande explosão de sentidos que se nos embebedou e nos deixou trazer um sorriso estúpidamente parvo a quem, mesmo não querendo, nos cruza na rua e vê.
e porque eu gosto desta ressaca louca de quem gosta como da primeira vez... a de sempre...

gosto de saber que estás aí, gosto de sentir que me sentes em ti, sem dúvidas ou fogos por circuscrever...

quero deixar fluir dentro deste peito o mel doce que cola os nossos corpos.
gosto de saber que sou importante para ti e que, a cada dia que passa, me sentes... tão dentro de ti, tão sinceramente presente!

até já

Quis o destino que, esta noite, no Fim do Mundo, fosemos menos seis.
quis o destino, o Universo, o raio que o parta, que no século vinte e um continuassemos a permitir que haja quem não sofra - porque não pode - com as desilusões e desamores das novelas das 21. Não sofrem porque nem electricidade têm em casa para não deixar estragar o leite.
Quer o destino e o mundo que continuem a existir estas desigualdades para sempre.
Resta-me, hoje, acreditar que começou mais um ano e poderei "fazer um Mundo um pouco melhor."

Bom Dia

esta noite, como tantas noites em que a última coisa que faço antes de dormir, escrevo com o meu pensamento preso em ti.
recordo - com saudade já - a forma como chegaste hoje até mim... pelo meio dos carros, pelo meio da vida atribulada de um e do outro, acabaste por chegar...
pelo meio de saltos e tropeções de quem, afinal, não se conhecia e acaba neste misto...
já usei esta frase - mas tens o condão.. um dom qualquer que me trouxe um Sol que nem quero saber se será grande ou não...
o condão de, nesta noite, fazer esquecer a raiva criada por mais revelações que se fizeram ainda sobre filmes antigos...
sento-me à porta do prédio que me vê chegar todos os dias e, antes de entrar, respiro uma vez mais o ar puro da vida, dos cheiros e silêncios que a noite nos dá.
sinto ainda o cheiro do abraço que, hoje, ficou por dar... mas tenho ainda o tom, a voz desse "bom dia" tão cheio de vida que, por entre os carros, saltos e tropeções, foste chegar até mim... tão simples... tão solta do que ignoramos... do que queremos ignorar...
não fazemos contas, não medir... ignorar que o mundo se pode abater, preferir deixar crescer, dia a dia, o querer mutuo de ser.

esta noite queria apenas e só agradecer-te o tempo que tens, me dás, me contas e sabes esperar...

não serás uma estrela no deserto, porque serás nunca multidão... porque és diferente... tens um brilhar diferente... um brilhar no que és... no que vives... no que genuinamente trazes em ti.

boa noite...

...esta noite adormeço contigo.

Quero...





... deixar que o vento me brise a cara
... que o tempo me deixe, me traga de novo um gesto.

... sentir que o carro parado à minha porta adivinha, apenas e só, uma noite mais de um prazer que um dia foi e hoje volta a ser meu

... sentir que a tua presença se transformou em algo tão grande, mas que só hoje fui capaz de ver...

... perceber como foste chegando cada vez mais perto, e me despiste de uma negra que teimei vestir.

... saber se vou ser capaz de te ter e dar, voltar a ser, retribuir...

... ser aquele que te aconchega, apaga a luz, e te dá o último beijo de cada dia que fica lá fora.

... saber dizer-te o quanto cresces em mim todos os dias e me rasgas cada vez mais o sorriso que vou retirando do bolso.

... afagar, enrolar os caracóis do teu cabelo nos dedos de uma mão que te devolve o prazer dos dias.

... dizer-te ao ouvido que a vida que corre lá fora, cá dentro é apenas um mermúrio, uma nota, um tom, um sussurro de um prazer tão maior.

... não te deixar morrer por entre a vida das linhas das minhas mãos, do leito dos tempos que, não esperando por mim, me soubeste receber e aconchegar em noites que nos aprendemos a gostar.

... saber crescer dentro de ti... sem tempo, pressa ou lugar onde chegar mas, tão simplesmente, deixar que o fluxo dos dias, seja tão simples como... o volume da massa do que somos, sobre o tempo que for preciso para te amar.

... não ter de me despir do que sou para que me saibas ficar, manter e dar valor ao que deixamos criar.

... acordar no dia seguinte sem o medo de já não estares...

... voltar a acreditar que faz sentido dançar e que o mundo não é ao contrario!

Porque, mais cedo ou mais tarde, todos nós voltamos a saber acordar.


a vida é feita de pequenas coisas, pequenos momentos que se tornam eternos...
pequenos e grandes nadas que se revelam.
´
há cerca de 7 ou 8 anos, foi um nada que nos levou até serras, luas, mares e ilhas distantes onde, acima de tudo, houve muito mais do que.. uma equipe, uma patrulha... o que seja, o que fosse.

hoje sinto-me feliz por partilhares comigo este dia, o principio, o meio, um passo...


um brinde...

.. aos noivos!




Sometimes You Can't Make It On Your Own

Tough, you think you've got the stuff
You're telling me and anyone
You're hard enough
You don't have to put up a fight
You don't have to always be right
Let me take some of the punches
For you tonight

Listen to me now
I need to let you know
You don't have to go it alone
And it's you when I look in the mirror
And it's you when I don't pick up the phone
Sometimes you can't make it on your own

We fight all the time
You and I, that's alright
We're the same soul
I don't need, I don't need to hear you say
That if we weren't so alike
You'd like me a whole lot more

Listen to me now
I need to let you know
You don't have to go it alone
And it's you when I look in the mirror
And it's you when I don't pick up the phone
Sometimes you can't make it on your own
I know that we don't talk
In sick of it all
Can you hear me when I sing
You're the reason I sing
You're the reason why the opera is in me

Well, hey now
Still got to let you know
A house doesn't make a home
Don't leave me here alone
And it's you when I look in the mirror
And it's you when I don't pick up the phone

Sometimes you can't make it on your own
Sometimes you can't make itThe best you can do is to fake it
Sometimes you can't make it on your own

12.09.01

A porta da cela fecha-se e, por detrás dela, deixa todo um mundo de coisas doces, felizes mas, sobretudo, deixa ficar distante a verdade.

Não sei nem quero saber tão pouco comemorar este dia, mas sou incapaz de o deixar passar sem lembrar a raiva que ainda me mói, me mastiga, me volta ao lebrar.
Não entro no jogo dos "ses"... "e se...!"... não há ses, há certezas e, apesar de tudo, sei, não fosse este dia ter acontecido, poderia ainda não dormir daquele quarto, que me acolhe agora a cada vez que chego à Serra.

Não se apagam estas feridas que se abrem assim, não se ignoram simplesmente os erros dos que, de caneta na mão, decidem preventivas sem qualquer prova que fosse!

não sei passar para as palavras o que sinto hoje... tenho pena...

ainda hoje nos tentamos levantar... mas tão devagarinho...

08.08.83


Porque sempre.... mas sempre...
a última coisa a morrer será sempre...
um sorriso!
Porque sempre... mas sempre...
haverá sempre uma estrela que guia o caminho de quem sonha... de quem cria, de quem sente.
Porque sempre... mas sempre...
valerá sempre a pena!
Parabéns!

time out

esta noite, mas só esta noite, volto mais tarde.
existe uma maré que passa esta noite na costa, vinda de Norte ao rumo de Sul e quero saber o que de novo me traz.

esta noite, mas só esta noite

esta noite, mas só esta noite, deixo-me ficar, de pés bem enterrados nesta praia, nesta areia, neste deserto, nesta paz onde me deixarei estar até que o Sol me volte a acordar e a encher de vida.

até já

que susto...

Esta manhã dei-te, como todas as manhã, um beijo antes de sair. Achei que tudo estava normal e saí, como todas as manhãs, pegando nas chavas do carro, pela porta da rua de nossa casa.
Cheguei para almoçar e não te vi, mas podias estar a dormitar em qualquer canto de casa... seria normal...
Voltei a sair...

Ao chagar para fazer o jantar, continuei a sentir a casa vazia... procurei-te por todo o lado, divisão a divisão, canto a canto, verifiquei cada janela e a possibilidade de teres saltado - não seria a primeira vez...

Saí até à rua, dei várias voltas ao prédio, à praceta, ao bairro, procurei, novamente, cada canto, cada beco, na esperança de que tudo não passasse de um sonho mau e que, naturalmente, estivesses apenas - e só - escondida, como sempre pensei, em qualquer canto, em qualquer lado de nossa casa...

Não te vi na rua, voltei a não te ver em casa...

...

Afinal foste passar uns dias à terra...

não me faças dessas muitas vezes... que morro de susto pah!

PS.: Quando a levarem... avisem quem fica... ta?!

até já!

Hoje tinha para escrever um post, mas que, ao chegar até aqui, se perdeu por entre alguns outros assuntos que me têm assaltado nos ultimos tempos.
Assim, e à falta de melhor, venho, por este meio, desejar a todos as melhores ferias possíveis...
Aos que, ainda assim, terão que ficar a trabalhar, sei que vão ter, mais cedo ou mais tarde, as férias que voces bem merecem... com alguns de voces, até trocava ;)
Para os próximos dias, ou semanas, desejo-vos do fundo, bem do fundo da tripa, bons momentos de sol, de calor, de água... de morangos ou amoras silvestres... de almas gémeas ou, simplesmente, watts e megawatts de um Agosto que já nos trouxe e trará certamente ainda mais coisas boas...
de Lisboa a Fajão, passando por Paredes de Coura e à nossa vizinha Espanha, trazer-vos-ei novas, frescas e, sobretudo, novos ventos, menos viciantes que estes das nossas bandas...
com isto, fica este blog de férias, merecidas - bem merecidas - para um regresso em peso par aum grande ano que se adivinha!
levo comigo os recortes de o ano mais louco, mais vivido da minha vida.
e vou, sobretudo, com a certeza de que voltaria a fazer tudo, de novo, igual!
Porque nunca será tarde, haja o que houver...
por TI!

de volta.. de um regaço...


passou apenas um dia, e, ao rever as imagens, revivo, volto, aos lugares, aos sorrisos abertos, gritos, abraços...
Não vou esquecer nunca aquela noite, aquela última noite onde, sinto, demos a volta, por cima, e abrimos um novo mundo...
Os abraços entre aqueles que, durante estes últmos meses, partilharam noites, madrugadas, horas de calor, de doritos, pizas, portateis... relógio tick-tack...
Do cimo daquele palco, olhei os rostos daqueles para quem tudo fizémos e juro que me senti feliz.
Sabe bem voltar a casa com este cansaço, mas viver convosco é algo que nunca mais esquecerei...

"ai se eu podesse não partir..."

esta noite, em que cheguei uma vez mais a casa, sinto que ajudei a lançar essas raízes, que partilhei convosco essa aurora boreal, esses voos para jamais esquecer...

Porque nunca deixaremos a Gafanha d'Aquém, e porque haverá sempre uma Galeota, um palmier, um ovo mole, um naco, uma picanha, À nossa espera...

voltaremos todos juntos àquela casa... àquela quinta...

porque é bom coçar a micose...

obrigado!

a todos...

...ao intervalo...

7 - 0...

começo a perceber porque é que os gatos têm 7 vidas... é só mais um começo... com os dentes no chão :D

Passos...

por estes dias que correm, a vida passa muitas vezes por nós sem que possamos controlar ou dirigir o seu curso na sua totalidade...
acabam sempre por nos escapar passos... caminhos.. os tais cursos que o leito que é a Vida toma...
por estes dias, dizia eu, torna-se cada vez mais complicado distinguir, separar, o que é o cansaço natural e saudades das ferias que não sei o que são há tanto tempo, e o que é o não suportar de tantos, pequenos ou grandes, passos, escolhos, pedras de sapatos...

como alguém um dia escreveu - mas num outro contexto - eu esta noite repito: "esta noite, quando me deitar, sei que fiz tudo e me vou deitar com a consciência tranquila... e tu?"

esta noite deito-me tranquilo sim, por mim os putos vão ter as coisas e, por mim, não faltará nada...

esta noite, quando me deitar, vou pensar que, ao passar um fim de semana inteiro a avaliar o que fiz este ano, sei que não poderia ter a consciência mais tranquila. dei o que tinha e o que não tinha e chego, por isso aqui, cansado mas com um sentido de realização que, a mim, me dá um enorme, gigante, sentido de profunda realização.

durante este ano posso ter deixado atrasar acções, adaptado os objectivos a meio, mas garanto - te garanto - que nada ficou por fazer.

nos dias que correm, por baixo desta ponte em que me sento esta noite a olhar para trás com este bloco de esquiços na mão, corre um cheio leito de brilhos e sensações tão grandes como a sensação que tenho em que te abraço.

a vida segue lá fora, e é por ali que eu vou!

"vem por aqui, dizem-me alguns..."

e só eu sei porque é que sigo por !

Faz Sentido...

Porque faz sentido, chagar ao fim do dia, e olhar para ti uma vez mais, como se fosse a primeira vez.
Porque faz sentido acordar de manhã e, por estes dias, ir até à praia e saber que estás por aí... perto.
Faz sentido, por estes dias que correm, simplesmente saber - só sentir - que as coisas existem.. permanecem... se criam e crescem.
Porque faz tanto sentido saber que há dias bons e maus, que podemos deitar ao fim do dia com, apesar de tudo e de tanto, com um sorriso bonito nos labios.

porque faz sentido percorrer as linhas dos manuscritos, dos pedaços de "ondas" e saber desde há quanto tempo as canetas que guardas, roídas pela ingenuidade dos tempos e da idade...

Pah... porque sim, faz...

Eu Vou.. e tu?

CHEGA!!!!!! ACABOU! TOU FARTO!

Todas as coisas na vida têm um início – ou um princípio – um meio e um fim. E este é, claramente, um fim.
Estou farto de chegar e ser desiludido e hoje, foi a gota de água! Não gosto de ser enganado, muito menos que me vendam gato por lebre!
Não se brinca com os desejos das pessoas! Não se poe na montra, com ar fresquinho, e, vai-se a ver, somos enganados…
Não é justo.
Quero, portanto, aqui dizer que, isto aqui, isto aqui é tudo uma cambada de pasteleiros ranhosos.

Mas vamso aos factos: há cerca de um mês, olhei para a montra e estava um São Marcos com um ar delicioso… - e o que eu gosto de S Marcos… adoro chantilly… Meti a primeira garfada à boca e, não só estava rijo como cornos, esta azedo! FODA-SE!
Entretanto outros episódios se sucederam mas hoje… hoje estava eu a gritar por um doce - enquanto outro não chegava – e olhei para uma bela d euma fatia de salame de chocolate… Salame de chocolate faz-me sempre lembrar as tardes, em Fajão, com a minha tia Graça e os meus primos, a amassar aquela mistela de chocolate, cacau açucar ovos e bolacha e que, geralmente, acabava sempre em metade nos respectivos estômagos e o restante na película de alumínio.

Devo dizer que gosto mesmo muito de salame e isto que me fizeram hoje é, simplesmente, desumano.
Mal dou a primeira trinca e percebo logo o que me estava acontecer – que pesadelo! Porque eu?!
Estava seco, rijo, e nem sequer doce estava!!!

Amigos e amigas pasteleiros e pasteleiras de todas as pastelarias de todo esse país e restante mundo, alerto aqui, para que todos sejam testemunhas, que não volta a acontecer! Meto a amnistia internacional em cima de vocês, meto a defesa dos direitos humanos, defesa dos animais, bloco de esquerda, juventude centrista e tudo o que mais faça mais ou menos barulho, em cima de vocês todos! Eu estou a avisar! Que não se repita!

É que ainda estou enjoado!!

E, so por causa disso, vou fazer um bolo!

Há dias assim…

Há dias assim… em que tudo nos parece sair ao contrário…

Em que o pacote de leite do pequeno almoço espirrou sobre a camisa nova de passar; em que o transito mais intenso te leva a reter mais 15 minutos. 15 minutos para o café, passar os olhos pelas gordas do dia, antes de mais um dia no escritório…

Dias em que a senhora da limpeza não trocou o caixote do lixo e o cheiro do tabaco fumado de cinzeiro despejado do teu colega te pôs, logo pela manhã, mal disposto.
Dias em que, ao almoço, te apetecia ir almoçar àquela esplanada com vista sobre o rio mas que, dez minutos antes de saíres, começa a chover… tens de ficar no edifício do escritório... ir ao refeitório da empresa… gramar aquele teu colega que ri de uma forma tão estúpida que só te dá para pegar nos auscultadores e pores no shuffle songs… e esperar que não passe o Toy… ou o Kevin Little…

Mais uma tarde de fim de mês em que os fornecedores te encheram a linha de facturas a querer satisfações… BAH!

17.30 vamos para casa! Hoje sais mais cedo... Nem tudo pode ser mau… nem tudo há-de ser mau… tens alguém à espera em casa… ela está à tua espera em casa.. na tua casa.. na vossa casa.
Hoje ela foi mais cedo, despachou-se mais cedo e passou no colégio e levou-o mais cedo para casa… Esperam-te... os dois…

Ena pa… que visão…

Namorar antes do jantar… aconchegarem-se no alpendre - na rede - e respirar um pouco antes de por o peixe no forno…

A chegada a casa deu-se num abrir e fechar de olhos, a motivação era mais que muita… não foi preciso passar na Dona Júlia do pão… ela já lá passou há pouco…

Pegas nos tubos, na pasta o carro fica ali, na gravilha, e já chega o cheiro a bolo no forno…
O calor do abraço, do beijo, do amasso está cada vez mais perto… abres a porta e ali está ela… tão linda como sempre, tão estupidamente bonita como sempre… como cada dia mais vai ficando… aqueles olhos... a boca... o sorriso… que sorriso tão lindo… tão bonito... tão genuinamente bonito!

O calor do corpo dela junto ao teu, ali, na rede, com o som dos pássaros nas árvores, a água que corre mais abaixo no rio, e esse sorriso que te da a certeza de que és, seguramente, a pessoa mais feliz do mundo!

Há dias assim… em que tudo parece correr mal, mas que um sorriso basta para tornar a trazer sentido à vida. Um olhar meio tímido, um... gosto de ti sussurrado ao ouvido… um abraço, um ombro onde tudo, tudo deixa de ter significado a não ser esse tão grande sentir feliz!

23.06.84

Há pessoas que, quando chegam à nossa vida, vindos de sei lá onde, e trazem consigo a brisa de um amanhecer mais feliz.

Há pessoas que, ao chegarem perto das nossas vidas - das vidas de quem gostamos - passam, também elas, a fazer parte da nossa. Aprendemos a confiar, a deixar ficar e a saber que há coisas que não precisam ser ditas.

Há, nesse olhar e gesto, o querer fazer bem, o querer fazer feliz e, por isso, nasce este post, aqui, hoje.

Porque poderia apenas e só escrever e assinar isto no teu postal de aniversário, mas aqui também fica muito bem.

Parabéns... Animal!

Perfeito.. Simplesmente: Perfeito

é o que eu posso chamar a um momento que durou esta noite.

Porque as notas, as letras, as palavras que foram sendo partilhadas, esse olhar que se me penetra, me prende, me enche a alma de um tão cheio mar de tantas coisas; um beijo, um abraço com o Tejo como fundo, e "tudo o que eu sonhei... " tu és.. assim...

Quando se juntam, num mesmo espaço, Pedro Abrunhosa, Sandrá de Sá, Zé Ricardo, Rui Veloso, Filipe Gonçalves e outros amigos e, numa partilha, num improviso em que tudo foi, simplesmente, perfeito.

podia ter ficado por dizer, mas não ficou... hoje, nada ficou por dizer!

porque sim...

porque, assim, vale a pena... tudo.. tanto vale a pena.

Please Bleed...

Please Bleed, please bleed, so I know that you are real, so I know you feel

Esse mar que trazes nos olhos; sal de uma lágrima que o meu ombro já secou; Guerra, luta e batalha que se encerra em mil e um beijos numa entrega que começa a não ter fim.
Porque se querem, uma a uma, cumprir as mil e uma promessas em tantas noites prometidas a ventos de sul.

Porque, ao fechar dos olhos, tu continuas, e porque, ao voltar a abrir, cá estás.
Porque as razões destes sorrisos não desaparecem, não partem: ficam...
Porque tanto e tanto tempo sonhei com tantas coisas que agora são mais do que coisas reais, coisas certas… inevitáveis
Inevitáveis como tantas outras que nos esperam no final, numa qualquer curva, numa qualquer esquina ou passagem para o outro lado.
As armas que fiz adormecer, os braços, que um dia as tomaram, hoje nos envolvem, aquecem e nos fazem crescer.
Porque amanhã estarei para ti - por ti; porque tantos e tantos amanhãs eu quero e vou estar.

Anda… vem…

De volta do teu aconchego...

quando a vida se nos troca as voltas, quando as idas e vindas da vida se alterna entre o doce e amargo, salgadas as peles de mar, de gosto a calor, a corpos quentes, suados de tanto se gostarem...
as mãos que passeiam, se perdem entre gemidos e trocas de penetrantes olhares...

a vida foi-se tornando mais feliz.. um pouco mais feliz... cada dia, um após o outro...

one step closer ou... pé ante pé...

vem... anda daí...

porque sim... porque faz sentido...

So Falta UM!!!

com dois jogos ganhos na final do playoff da liga profissional de basquetebol, o clube Atlético de Queluz - já aqui mencionado tantas e tantas vezes - está prestes, a um jogo só, de se tornar campeão nacional.
vamos em romaria a Ovar, na esperança de, dos dois jogos que se vão disputar, algum deles o Queluz ganhe.

Na verdade podem ainda ser disputados 3 jogos e só precisa ser ganho um!

acredito que é este ano... acredito que, depois de tantos anos de espera, já é tempo.

Não vou cantar nem deitar foguetes antes da festa, tudo tem o seu tempo para acontecer...

saber esperar é uma virtude, e só falta um bocadinho assim!!!

não vá o queluz sair ao sporting é mesmo melhor esperar para celebrar :p

meus amigos,

vemo-nos em Ovar... este Sábado!

Só eu sei porque não fico em casa

Só eu sei porque não fiquei em casa,
Só eu sei porque saí e fui até lá...
porque fui abrindo, pé ante pé, cada uma atrás de outras, à velocidade de quem goza a melhor de todas as noites.
Só eu sei porque é que cada segundo foi vivido assim...
só eu sei porque é que jamais me esquecerei de cada momento...

só eu sei como, e porquê, não vou deixar que nenhum martelo o desfaça...

2 dias sem net?!?!?!?

Quase que me borrava todo, me esmifrava todo... ena pa...
que se lixe o messenger ou vicios semelhantes, mas... não poder enviar trabalho... depois de passar horas par ao concluir... raios partam.. aos meus spliters... desta vez a culpa nao foi da NETCABO...

mas só desta...

um dia depois...


Os pepelinhos vermelho e azul no chão adivinhavam uma festa que não a nossa...

O eco que soava às nossas vozes deixava sentir um vazio tão grande que, depois da esperança nunca ter sido tão alta, ter sido um pesadelo tao grande...

O relvado tinha acabado de ser regado, palco de uma noite de desilusão e todos, sem excepção, fossem da Uefa, da Federação, fossemos nós, ninguém ficou indiferente a este sentimento de desilusão, frustração...

acordar hoje foi tão dificil.

Tinha de estar às 6 da manha no Meridien para levar o "Sr. Uefa" ao aeroporto, apesar de me ter tentado consolar em alemão, fui-lhe respondendo que, tão cedo, nenhum de nós terá uma oportunidade como a de ontem: Uma final destas em casa, um acontecimento como estes...

Foi muito, muito bom mas hoje, hoje foi dificil...

Resta-me a alegria de a ter tido na mão, e de ter jogado neste relvado.. tão Grande, tão... mágico!

Fim de Tarde ao Cafe...

À porta fica a caixa, onde a senhora baixinha, de sacos de plástico, onde o jantar ainda está dentro de pequenas embalagens de plástico e cartão, paga o seu café e as 4 bolinhas mal cozidas. Atrás dela o senhor alto, meio careca, de fato azul escuro, no intervalo das suas duas reuniões desta tarde – acabou de assinar o contrato para o fornecimento de uma grande quantidade de mercadoria, está contente: hoje o dia correu bem. Veio beber o café à rua para desanuviar da pressão a última hora. Estou estrategicamente sentado no andar de cima, numa mezanine, de onde vejo o andar de baixo, a entrada e cada gesto de todos. Gosto disto!
Gosto de ficar aqui, sozinho, na minha mesa, com “A perna esquerda de Paris” de Gonçalo M. Tavares – um prodígio – a observar… o café tem grandes vidros por onde a luz da rua passa. Os carros vão passando lá for a, entram agora duas crianças e chegam ao balcão: “Tem gomas?”… ena pá.. saudades desta expressão… vir da escola ao final de tarde, subir a rua da tascoa e, andes de deixar o Carlos em casa, passávamos no Sr. João a pedir gomas, chupas, pastilhas.. tanta trampa que agora sei que fazem mal…
Poderá ter sido num desses fins de tarde, nessa Rua da Tascoa, que tantas e tantas vezes subimos e descemos… até pode ter sido… às vezes gostava de adivinhar o futuro, não para o poder mudar… só por curiosidade… sei lá… gostava de te poder ter dito, por aqueles dias, que um dia serias minha… seríamos… que quererias... que, por estes dias, as tantas e grandes coisas que vamos dizendo…

Ou então não… deixar que o tempo tenha passado por nós, por entre enchentes e vazares de marés, por entre luas e tempos que perdemos a conta, por entre tantas e tantas coisas que hoje nem sabemos de cor. Deixar que tudo isso tenha passado e que tenhamos ficado… que hoje, ficamos…

Voltando ao café, à medida que a hora de expediente chega ao fim o café vai enchendo-se de cafés apressados, de palavras a pares de amigos, amigas, casais enamorados por sorrisos tão sinceros e aparvalhados… ouço, sem ver, uma gargalhada, motivada por qualquer piada ou por qualquer carinho tolo… esses me vêm agora à memória, desses tantos e tantos cafés que foram ficando no tempo, nos espaços, na nossa voz, na nossa vida.

No shuffle acontece agora o “Blower’s Daughter”… eu diria que sei coisas… e o Frigorífico bebé também… adivinha coisas… “I Can’t take my eyes of you… I can’t take my eyes of you…” tanta verdade… desde quando?

Sobem as escadas 2 cafés que passam agora por mim a falar sobre o fim de semana, riem-se… entra mãe e filha, mais 4 bolas mal cozidas e um sumo de laranja; pagam-se uma cola e um sumol.

Perdi as horas e a espera – de que estou eu à espera aqui? Ah, estou à espera da mãe…

Mais dois goles de água... da torneira... blhack!

“ I can’t take my mind of you”.. ena pá…

Fecho os olhos essa imagem, do teu sorriso nos meus braços, dos teus olhos sobre o meu peito cheio de tanta, tanta, alegria, do teu cheiro, do teu sabor, da tua vontade... do teu carinho… “Aqui vou ser feliz” era o que me ocorria, nesse espaço que fiz nascer e que me acompanha em tantos e tantos serões sob stress, sob tortura, sobre parvoíces e pequenos gestos de alegria…

Tanto café que circula por estas paragens… Por esta capital, cheia de cartazes “Boas Sorting”… viva à Carlsberg! (desculpa tio… mas tinha de ser)

“Come what May” propõe o shuffle… ena pá… mas isto não vai parar hoje? É por aí sim, come what may. Não é por meia dúzia de tostões… seja o que for, aconteça o que acontecer, é mais forte do que qualquer aguaceiro – até porque, em tempos de seca extrema, dá muito jeito aguaceiros de vez em quando... até dá um certo clima tropical ao nosso pequeno paraízo “à beira mar plantado”… beira mar? levados ao colo? Ou é um tanque que anda por aí e o portas ainda nao o descobriu? – apartes…

adiante…

a conversa ao meu lado está a aquecer… não vejo grande solução… a renda da casa, a prestação do carro, do Plasma, do Colégio, das Férias, nem com os dois ordenados juntos dá.. pois… eu arranjo calculadoras que até com 9 dígitos resolvem esse problema… ou então umas folhas de excel, fazem-se umas estimativas, umas previsões... chamam-se... Orçamentos! Que mania este Portugal tem de se endividar até ao tutano…

irra...

olha... cá falo... e..

desculpa... mas...

Não vai dar...

o mesmo de sempre...

o mesmo de sempre... o de tantas e tantas noites...

e abro aspas...

e eu não sei, o que mais posso ser, um dia rei, outro dia sem comer... e eu não sei o que mais te posso dar, um dia jóias, outro dia o luar... e um homem também chora quando, assim, tem de ser...
e foram tantas e tantas as noites sem dormir... promessas perdidas escritas no ar.. e logo ali eu sei...
que tudo oq ue eu te dou, tu me dás a mim...

e tudo o que eu sonhei... tu serás assim...

onde estiveres, eu estou, onde tu fores, eu vou... se tu quiseres, assim, meu corpo é o teu mundo, um beijo, um segundo, és parte de mim...
para onde olhares eu corro, se me faltares, eu morro... quando vieres, distante, solto as amarras e tocam guitarras por ti.. COMO DANTES!

Agarra-me esta noite... sente o tempo que eu perdi...
Agarra-me esta noite, que amanha... estarei...

Fecho aspas

porque amanha e sempre...

sempre para sempre...

e que a música, esteja sempre connosco!

Morreu Jorge Perestrelo

Morreu esta sexta-feira, em Lisboa, aos 56 anos, Jorge Perestrelo, vítima de enfarte do miocárdio. O jornalista da TSF fez o seu último relato quinta-feira, na Holanda, no jogo entre Sporting e Alkmaar.





Jorge Perestrelo morreu sexta-feira à noite, no Hospital da Cruz Vermelha, onde foi submetido a uma angioplastia, durante a qual sofreu uma paragem cardíaca irreversível.

«Todas as tentativas de reanimação foram infrutíferas», descreveu o cirurgião cardio-toráxico Manuel Pedro Magalhães, médico e amigo pessoal de Jorge Perestrelo.

Nascido no Lobito, em Angola, Jorge Perestrelo iniciou-se na Rádio Clube do Lobito, há 37 anos. Trabalhou ainda na Rádio Clube do Mochico e na Rádio Comercial Sá da Bandeira, actual Lubango.

Em 1975 saiu de Angola para o Brasil e, dois anos depois, viajou para Portugal, onde trabalhou no Rádio Clube Português, na Rádio Comercial, na SIC e na TSF, desde a sua fundação, há 17 anos.


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Aprendi a gostar de futebol muito por culpa dos "ripa na rapaqueca" dos Jacarés a tossir, da sua barriguinha que tantas e tantas épocas teria sido a melhor marcadora da liga, de tantos e tantos momentos de pura magia de rádio. Não me esquecerei nunca do penlaty que o Ricardo marcou à inglaterra em que Perestrelo chorou 10 minutos em directo, no ar, para todo o mundo onde a única frase que saia foi esse "Amo-te Portugal!"

Apesar de ser ferrenho benfiquista, sempre soube "amar" os outros tanto que, ainda esta quinta feira, nessa épica e mágica noite de Alkmaar, chorou, novamente, mas pelo Sporting.
Gostem ou não do feitio, quer gostem ou não do estilo... o seu coração era enorme! Gigante!
Nunca mais os relatos serão os mesmos, nunca mais a antena da TSF será tão Grande!

Obrigado Jorge Perestrelo!

Golo 100 esta epoca.. por Miguel Garcia

Sofreu uma grande penalidade aos 31 minutos, não assinalada; obrigou Timmer a defesa apertadíssima aos 41; enviou uma bola à trave dois minutos depois; não deixou que Sektioui fizesse tudo o que o seu arsenal de fintas lhe permitia. Tudo isto seria suficiente para merecer os maiores elogios. Mas Miguel Garcia fez mais. Muito mais. Subiu à área do AZ naquele épico minuto final e encontrou naquele mar de gente uma porta para a história: é dele o golo mágico, é dele o golo 100 do Sporting esta época. Glória!

Depois de ter falhado o penalty na Luz que afastou o Sporting da Taça d ePortugal, era mais que merecida esta sorte...

Só mais um.. Re-começo




Lembro hoje um certa e determinada final de Taça Uefa... Para a história ficou o resultado, onde o F.C. Porto goleou o Mónaco por 3.0...

Para nossa história ficou... o reencontro

para a nossa história ficou o regresso, o recomeço.. só mais um entre outros tantos...

Vai fazer 2 anos...

Só por isso, viva o F. C. do Porto

recomecemos, de vez, então...

e desta seja apartir da vitória do Sporting!

Obrigado ZÉ!

se há anos ninguém sabia quem ele é, hoje são poucos os que não sabem... pelo mundo espalhou, nos últimos 3 anos a imagem de um português que não precisou passar pelo bairro de lata de Paris, ou pela construção civil de Berlim ou Londres.

Quer gostem, quer não, eu gosto! Da força, da teimosia, da certeza, da segurança!

E porque a vergonha de dizer? eu aprendo, eu tenho aprendido com ele.

quantos campeonatos mais precisava de ganhar para te convenceres disso? quantos? não esperes tanto...
O primeiro estrangeiro a chegar, ver e vencer na Premier e quase, tão perto que esteve, de garantir a segunda presença consecutiva na final da maior competição do mundo, a champions league.

Não chega ainda?

Então olha para o olhar, para o querer, para a segurança co que enfrenta QUALQUER desafio.
Se um português em cada dez olhasse para ele sem o ridículo orgulho machista (e lampião) e reconhecesse... e aprendesse alguma coisa... eramos bem capazes de, hoje, esta noite, além de fazer força e trocer por que uma equipa portuguesa chegue novamente à final da Taça Uefa, deixarmos esta mediocridade ridícula, do "ah não sei se vai dar, não sei se sou capaz"..

Porra! ABRAM-ME os olhos, a vida é à frente que segue e não atrás, qual cão que morde a sua própria cauda!

Deixem de ser estúpidos!

Aconteça o que aocntecer, já fizeste história José Mourinho!

Parabéns!

Queluz arrecada a Taça de Portugal

"O Queluz conseguiu derrotar a Ovarense, por 71-62, e arrecadar, pela segunda vez no seu historial, a Taça de Portugal de basquetebol.

A equipa de Queluz, que ao intervalo estava em vantagem por 36-34, consegue ainda aumentar a vantagem e derrotar a Ovarense por nove pontos de diferença."
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21 anos depois, o Queluz volta a dar das maiores alegrias à família gigante da qual eu faço parte... Esta época tem sido única.. como tem sido bonito ver!

Não parem por aqui, os playoff's estão aí, o titulo vai ser nosso!

Parabéns a todos!

Devil's and Dust

Devil's and Dust,

Um regresso aos bons velhos tempos, ou um reconhecer que a vida já não está para grandes roques... seja como for, este é um grande album, e que recomendo vivamente a todos. Springsteen está aí de volta e de que maneira!

Ainda bem, já lhe sentia a falta :D

continuação....

A noites, os dias , as manhãs, a vida... tudo segue mesmo aconteça o que acontecer...
O meu último post foi a minha homenagem, hoje, à altura em que escrevo, já João Paulo II, Karol, foi sepultado, e já temos Papa, como desde ontem as televisões não param de nos inundar...

A vida continua, e as recordações, as cartas, as memórias, as palavras, guardamos naquela caixa.. junto áquele abraço de todas as noites...

Pelas nossas vidas, há pessoas que fazem os momentos, há pessoas que vêm e vão, outras que ficando, nos vão trazendo todos os dias a vida que há em todas elas...

A par de tudo isto, há a Música que, ao contrario dos instantes, das personagens que vão fazendo a novela da vida, vai dando um sentido, um ritmo, um rumo, ao caminho que vamos seguindo.

Hoje voltei a tropeçar nesse hino que é o Blower's Daughter e dei-me comigo a pensar no que esta já disse...
Estivemos lá todos nesse noite, e para casa um de nós disse coisas... e hoje? o que te diz?

Como disse, a vida continua e não há nada como acordar de manhã e saber que estás lá... na minha play list, na sexta faixa, logo após ao Bruce, que sempre, desde sempre, lá esteve... Em vinyl, em cassete, em cd... em mp3... mas sempre la esteve... e o que diz ele? ou disse... o que dirá?

porque a vida continua, porque a vida tem de ocntinuar...

até já!

O encontro mais esperado...




Ao acordares amanhã, muito provavelmente Karol não o fará. Ao amanhecer amanhã, o Mundo terá visto partir, independentemente de crentes ou não, uma das suas mais importantes figuras. O peregrino do mundo vai, finalmente, ter o seu encontro mais esperado...

Hoje, esta noite, independentemente daquilo em que cremos ou no que acreditarmos, sentirei a perda de um ser Humano que, quer se concorde ou não com posições da instituição que representou, lutou sempre por um Mundo melhor.

Lutou até à última das suas forças sem nunca ter desistido, mesmo debilitado há mais dé uma década.

Esta noite espero que tenha enocontrado o seu caminho, em paz, mas sobretudo, porque o merece.

Serve o presente post como a minha homenagem a uma figura que ficará para sempre...

Porque a vida continua...

Porque Sim...

Esta noite, quando chegares a casa, tudo estará pronto para ti. Já os deitei, com um beijo na testa a cada um, e aconcheguei-lhes o cobertor; dei um jeito à cozinha, à sala, e estive com eles a arrumar as coisas que passaram a semana espalhadas… Ainda bem que Londres fica longe: de lá não podeste ver a bagunçada que estes três diabos fazem à tua casa, na tua ausência…
Vou passar pelas brasas um pouco, já confirmei a hora de chegada do teu voo… tudo em ordem…
Amanhã fazemos anos, como passou tão depressa… Levo-te a um restaurante especial que fui com uns colegas la da firma. É calmo e come-se bem… e o ambiente… vais gostar. Já encomendei a mesa e duas garrafas do teu vinho…
Não houve segundo em que não pensei em ti… em tantos e tantos anos, como é possivel cada dia gostar mais… cada dia querer-te mais e mais.
Passei estes últimos dias a sonhar com a tua chegada… de malas, meio atarantada e mal dormida, mas com os olhos… esses olhos que desde o primeiro dia em que os vi, soube que seria para sempre… Esses olhos que, desde o ciclo, quando, de costas na carteira da frente, eu comentava com o F. e dava por mim a sonhar acordado…
Passaram-se dez anos até te reencontrar e.. de vez… Nunca mais vou esquecer da Final, no Bar, em que te voltei a ver… de novo.. como nos filmes… como se nunca tivesses saído, como se nunca de lá tivesses deixado de estar… e não deixaste de estar…

Tantas e tantas noites depois, tantos e tantos pores e nasceres de sol que partilhámos, tantos e tantos sumóis, cafés, arroz de gambas… depois de tantas pequeníssimas coisas, espero-te, esta noite, sentado neste banco metálico do Aeroporto de Lisboa, contando cada segundo, como sempre te esperei, no café, à porta de casa, e sei que, mal vislumbrar uma madeixa do teu cabelo cor-de-coisa-qualquer, vou tremer, gelar, arrepiar, secar-me-à a boca, como sempre… desde a primeira vez…
Abraçar-te-ei, e sentirei cada milimetro do teu corpo junto ao meu, fecho os olhos, e dir-te-ei ao ouvido uma vez mais, como sempre, “Gostas… eu gostas tanto de ti, quero-te tanto meu amor!”

Passaram-se tantos anos desde o primeiro abraço, desd eo primeiro beijo, e como sempre soube, haveria de estar aqui, hoje, a ler-te isto, deitado em teus braços, e respirando o mesmo prazer que tu.

Amo-te desde o primeiro olhar, já nem lembro como foi… o sitio... – não seria dificil – mas, como sempre, nunca duvidei que aqui voltássemos um dia…

Prometi fazer-nos chegar até aqui…
olha para trás meu amor, vê o que fizémos nascer juntos. Olha para eles, olha para nós…

“Vem, anda cá! chega-te mais perto, quero dizer-te um segredo” - Sorris com esses lábios que me arrepiam e dizes que não. Não te vou morder, não te vou fazer mal – “Não te como, anda lá”. Cedes, por fim… “ Quero ficar contigo, deixa-me fazer-te feliz!” e... dessa vez… nessa vez…
“Eu também quero… Eu Quero! Sim… podes ajoelhar… Hoje posso dizer: Sim!”

Porque nunca deixaste de acreditar, porque nunca é tarde para acreditar, a todos os que acreditam… para todos os que acreditam…

M., porque milagres acontecem Mesmo!
... e porque eu acredito...

eU!

14.05

Não me lembro o dia ao certo... teria 5 anos... e nem me lembro onde começou...
Desde esse dia até hoje, até ao dia de hoje, poucos foram os dias em que não tenhamos trocado nem que fosse um "bom dia"...
Esta noite, em que escrevo, não bastaria para falar destes 19 anos...
19 anos de bolas ao cesto, de corridas em atraso para chegar a horas... das filas para o autocarro, de estrelas pelas avenidas, de Luzes e águias negras.. de casais mais populares, de centrais onde a energia, um dia, nasceu de carvão e hoje é museu... de viagens, festas, abraços risos, lagartos e lampiões... das festas de onde nasceu essa paixão, hoje, com sotaque italiano...
19 anos de tantos e tantos quilómetros em passo de corrida, "joga fleck", chuta de três... noites em branco nessas finais mágicas onde Jordan se imortalizou...

Anos e anos de tantas e tantas memórias, cansaços e abraços, barcos que zarparam e que ao porto sempre voltaram... Porque haverão sempre os nossos barcos que zarpem mas que sabem onde o porto é seguro.
Porque nos havemos de estar sentados juntos sempre neste dia...
Porque haverão sempre coisas que, mesmo que não as digamos... não deixam de se sentir e existir...

Parabéns Gordo! e que mais 24 anos se sigam a outros 24...

eU!

 
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