Se fosse esta a noite?

Se fosse esta a noite dos teus sonhos? A noite de todos os teus sonhos! Se fosse esta a noite em que pudesses dizer-lhe tudo e que só ela te deixa assim.
Se fosse esta a noite em que deixasses tudo lá fora e juntos viajassem por esses mundos que outrora foram descobertos por Vós.
Se esta noite amasses como nunca, suasses como jamais, sorrisses como ninguém.

E se esta noite tocasses? Tocasses para ele a música que mais gostas e partilhasses com ele esse teu doce prazer.
E se esta noite provasses o paraíso... e trouxessem juntos até vós?

Lá fora a lágrima que escorrega o quente vidro, deixa adivinhar através dele a paixão que para dentro dele se vive...

Dormes agora... Descansas e sonhas com tantas e tantas noites que a poderias ter a teu lado e resumes todas essas noites em uma só – Nesta! E se fosse esta noite...

Seria esta a noite em que, descalços, percorreriam a praia deserta iluminada pelo suor e acompanhados pelos sons e silêncios desse mar. Suores faróis de luzes distantes que preenchem outras paixões, outros desejos. A Lua espelhada na água mostra o seu brilho. As estrelas lá no alto jogam com o prazer de uma noite de Verão.
Um Verão de sempre. Um Verão de todas as noites do ano. A areia está seca e deitam-se. Beija-a na face que adivinhas pelo cheiro. Encontras o brilho dos seus olhos quando abres, para ela, os teus.
A agitação cresce dentro de ti como que se vos consumisse de desejo. Ardem-se de paixão. Beijam-se no jogo entre o vazio que vos rodeia a plenitude de um Mundo cheio de paixão. As roupas ficam na areia, espalhadas, traçando-vos os movimentos, confundindo-se na vossa estranha confusão se sentidos.


Os corpos, suados pela noite, assimilam a paixão. E na loucura, horas e horas, sem que ninguém chegasse, o Sol acordasse. E se fosse esta noite...
A noite em que, na terra sem nome, pudesses estar como sempre desejaste. E Amar. Amar. Amar como quem ama sempre, amar como quem ama... para sempre!


Beija-o, Sente-o, envolve-o! Toca-lhe – Ama-a!
E se fosse esta noite...


Poderia ser agora, podia ser agora que te diria tudo.
Poderia ser agora que lhe dirias tudo. O tudo que até poderia ser nada. Apenas a tensão do olhar. Apenas o gesto de um beijo. E bastaria só um olhar. Uma presença, um toque. Uma brisa do seu cheiro, seu sabor, sua paixão.
E bastaria aquele seu brilho que trazes hoje nos olhos. Uma cor, um som, uma voz. Uma frase, um silêncio – The sounds of Silence... O amor, a paixão.
E se fosse esta a noite! Só uma noite, apenas uma noite! A Noite...


E quantas vezes não é à noite que amas...

(por tantas e tantas noites... que foram, ou que poderiam ter sido)

9 comentários:

Anónimo disse...

"E quantas vezes não é à noite que amas..."

lembro-me de ter lido isto em algum lado...

Anónimo disse...

Já percebi que tens jeitinho mas...andas inspirado ou é mesmo algo inato?!
tótó;)

Patixa disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Patixa disse...

E nesta noite, porque é esta a noite dos sonhos, tudo te digo sem uma palavra te dizer

Anónimo disse...

e quantas vezes eu te amei de dia.......?e no luscofusco :)?e de madrugada,por ai na perdiçao das horas, e no esquecimento do tempo...amo-te bues!

mE

Anónimo disse...

Aqui, nesta noite, repira-se amor e gravam-se os seus silêncios na areia para que os leve o mar e devolva...
Aqui respira-se amor.
:)

João Tiago disse...

n se limitem e a inspirar... expirem tb!

Biscoita disse...

Pessoalmente, acho que se respiram "anónimosidades" a mais... Mas provavelmente sou só eu... e o meu mau feitio...!

Anónimo disse...

concordo plenamente!:)

 
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