porque Tanto insistes?

'Depois de tantos adeus... porque insistes?
Depois de tantas vezes em que me viras as costas, me pedes, dentro de ti, que continue, todos os dias... que volte…

Depois de tantas horas de sorrisos, beijos, abraços, toques, suores e sei lá mais o quê... porque insistes em não zarpar comigo.
Vem comigo, segue-me, abraça o que o teu coração a todos já disse…

Hoje voltei a ver-te, de fugida, mas, como sempre, em mim, em nós (ahhhh), este calor que é tão grande… tão maior que qualquer outra coisa… fez derreter o olhar que tentaste gelar desde aquela noite…
Segue-me, anda daí ver como se ama cá fora… sai dessa caixa onde te reduzes há meia dúzia de tempo…
Anda daí ver que o Sol brilha ainda… anda daí ver como os pássaros ainda cantam…
Confia em mim, deixa-me sonhar-te com estas palavras que te canto ao ouvido, junto a esse pescoço onde me derreto nessas noites sem dormir…'


Podia ter sido eu… podíamos ter sido todos nós…todos os dias... perto demais

Esquece... Lembra-te desse abraço

Esta noite apetecia-me muito pouco saber que existes… esta noite, era tão bom que nem o teu nome eu lembrasse, ou que alguma vez o tivesse ouvido um dia.
Era tudo tão fácil se me tivesse esquecido nestes anos… tinha sido tão fácil o escolho ter sido o da esquerda e não o da direita, no dia em que à direita estavas tu… teria sido tudo tão simples se isto que me arde cá dentro tivesse morrido à nascença, como tentaste enquanto fomos crianças…
Gostava de não sentir o que de tão grande não cabe em mim.
Gostava não ter de pensar que esta noite choras o frio que o vento não leva daqui para fora.
Gostava, esta noite, de não quer tantas e tantas coisas que quero e todas elas contigo. Gostava de te poder enxaguar as lágrimas que no teu rosto adivinho.

Esta ansiedade, esta espera devora-me por dentro. A vontade de chegar até ti e dizer-te que não partas sem mim é demasiado grande.

Hoje, assim como ontem, voltou a chover como já há meses não acontecia… e como eu temi cada gota, assim como cada gota que ainda agora, neste momento a que escrevo, se vai precipitando do mar dos teus olhos… esse oceano de sonhos, viagens e desejos… secretos… como nós um dia fomos…

Deixa-me que te dê este abraço quente, forte e longo que tantas tardes foram ficando nas despedidas, mas que foram marcando o que hoje ficamos.

Posso dizer que gosto de ti, posso dizer que esta noite, ainda mais que todas as outras, queria tanto, mas tanto, adormecer ao teu lado.

Sempre, para sempre,

eU!

Se fosse esta a noite?

Se fosse esta a noite dos teus sonhos? A noite de todos os teus sonhos! Se fosse esta a noite em que pudesses dizer-lhe tudo e que só ela te deixa assim.
Se fosse esta a noite em que deixasses tudo lá fora e juntos viajassem por esses mundos que outrora foram descobertos por Vós.
Se esta noite amasses como nunca, suasses como jamais, sorrisses como ninguém.

E se esta noite tocasses? Tocasses para ele a música que mais gostas e partilhasses com ele esse teu doce prazer.
E se esta noite provasses o paraíso... e trouxessem juntos até vós?

Lá fora a lágrima que escorrega o quente vidro, deixa adivinhar através dele a paixão que para dentro dele se vive...

Dormes agora... Descansas e sonhas com tantas e tantas noites que a poderias ter a teu lado e resumes todas essas noites em uma só – Nesta! E se fosse esta noite...

Seria esta a noite em que, descalços, percorreriam a praia deserta iluminada pelo suor e acompanhados pelos sons e silêncios desse mar. Suores faróis de luzes distantes que preenchem outras paixões, outros desejos. A Lua espelhada na água mostra o seu brilho. As estrelas lá no alto jogam com o prazer de uma noite de Verão.
Um Verão de sempre. Um Verão de todas as noites do ano. A areia está seca e deitam-se. Beija-a na face que adivinhas pelo cheiro. Encontras o brilho dos seus olhos quando abres, para ela, os teus.
A agitação cresce dentro de ti como que se vos consumisse de desejo. Ardem-se de paixão. Beijam-se no jogo entre o vazio que vos rodeia a plenitude de um Mundo cheio de paixão. As roupas ficam na areia, espalhadas, traçando-vos os movimentos, confundindo-se na vossa estranha confusão se sentidos.


Os corpos, suados pela noite, assimilam a paixão. E na loucura, horas e horas, sem que ninguém chegasse, o Sol acordasse. E se fosse esta noite...
A noite em que, na terra sem nome, pudesses estar como sempre desejaste. E Amar. Amar. Amar como quem ama sempre, amar como quem ama... para sempre!


Beija-o, Sente-o, envolve-o! Toca-lhe – Ama-a!
E se fosse esta noite...


Poderia ser agora, podia ser agora que te diria tudo.
Poderia ser agora que lhe dirias tudo. O tudo que até poderia ser nada. Apenas a tensão do olhar. Apenas o gesto de um beijo. E bastaria só um olhar. Uma presença, um toque. Uma brisa do seu cheiro, seu sabor, sua paixão.
E bastaria aquele seu brilho que trazes hoje nos olhos. Uma cor, um som, uma voz. Uma frase, um silêncio – The sounds of Silence... O amor, a paixão.
E se fosse esta a noite! Só uma noite, apenas uma noite! A Noite...


E quantas vezes não é à noite que amas...

(por tantas e tantas noites... que foram, ou que poderiam ter sido)

 
estrelas no deserto | Desenhado por techtrends | © 2008 mais ou menos todos os direitos reservados