Quero, quando chegar a hora do lobo - a hora em que os nossos espíritos se esgotam - estar ao teu lado - ter-te a meu lado a embalar-me e não me deixar adormecer cedo demais.
Já me habituei a viver contigo perto…
Fazer-nos rir mesmo quando as lágrimas se nos teimam em cair pela cara abaixo
segurar a mão quando nada parece que nos ampara, levar pela mão quando parece não conseguirmos ver o caminho
deixar que os ponteiros girem enquanto a conversa, o riso, o sei lá sem sentido traga de novo o Sol
sentir que, ao mesmo tempo que, por outros lados faço juntar tijolo ao cimento, ferro ao betão, pedra sobre pedra, dentro de mim o mesmo faz sentido.
Crescer, deixar crescer, deixar ser, deixar amanhecer e ver pelas frinchas das portadas o novo dia que começa.
Deixar-me tocar por esse gesto, por esse sorriso, por essa cova de puto estúpido que tem brinquedo novo…
Saber que existe, numa estrada, um “8” tão fantástico.. tão…
Saber que a roda que nos leva a um ponto de onde vemos o mundo…
saber que a vida segue por caminhos que somos nós quem os escolhemos e somos nós quem traça o rumo por onde seguir
e… contudo… apenas passou um mês…
Estrelinha
Conheço uma pequenina estrela que, a cada dia, depois de amanhecer, inspira o ar de lá fora e sai à rua na procura de um melhor dia.
Sei de uma estrelinha que, todos os dias, sonha...
E sonha...
E que bom é sonhar.
Faz-nos falta sonhar, faz-nos falta querer ser, ambicionar, desejar, querer ser...
Por mais tímida que seja essa estrelinha, por mais discreta que seja essa estrelinha – essa forma de se ser – deixo-a ficar, abro-lhe os braços e deixo-a recostar-se no meu peito.
Que essa estrela nunca deixe de brilhar!
segunda-feira, março 06, 2006
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